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Exame precoce pode diminuir taxa de mortalidade do homem

O Ministério da Saúde, em estudo de 2007, apontou que cerca de 60% das mortes ocorridas no Brasil são de pessoas do sexo masculino. Os homens, que têm menos hábito de procurar assistência médica e fazer exames de rotina, vivem aproximadamente sete anos a menos do que as mulheres. As causas de morte mais frequentes são doenças no coração, câncer, diabetes, colesterol, pressão arterial e doenças sexualmente transmissíveis (DST). 

 

Para minimizar este problema, o Ministério da Saúde (MS) inaugurou em 2008 o Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, orientando e conscientizando as ações preventivas como estimular a realização de exames de rotinas.

 

Ações como esta podem ter impacto de mudança de hábitos dos homens, como mostra o artigo "Dia de Atenção Integral à Saúde do Homem: ação estratégica da Unidade Médica de Saúde da Família do Rio Comprido, Jacareí, SP", publicado no Boletim do Instituto de Saúde (BIS). O estudo relata uma experiência de implantação de um programa especializado para os homens, criado em 2005, no município paulista. Segundo a pesquisadora Tereza Rosa, do Instituto de Saúde e uma das autoras do artigo, a procura por cuidados no primeiro ano analisado (2007) foi significativa (70 homens), mas nos anos seguintes observou-se a diminuição da participação no programa (média de 46 homens). "Provavelmente essa queda foi causada por causa da mudança de hábito do homem em procurar o centro de saúde", analisa a pesquisadora.

 

Tereza ainda explica que o hábito tem sido estimulado através de várias campanhas, tanto das unidades básicas de saúde como do Ministério de Saúde, que divulgam a importância dos homens realizarem exames preventivos.

 

A pesquisadora comenta que os profissionais da saúde começaram a perceber que os homens, ao acompanharem as mulheres nas consultas médicas, aceitavam fazer exames de rotina ao serem chamados.

 

 Outro dado relevante que o artigo aponta é que através dessa quebra de resistência masculina (de fazer exames), novas ações de autocuidado podem ser desencadeadas, desde uma orientação sobre a DST até ações de prevenção de diversas doenças e agravos.

 

Segundo a pesquisadora, o programa do MS é importante como política de saúde pública. "Em parte, esse programa pode diminuir a taxa de mortalidade dos homens. Claro que é só um começo para que isso possa ser concretizado, mas já é um avanço quando o homem vai procurar o posto de saúde, faz os exames e detecta um câncer ou outro tipo de doença logo no início. Ele está praticamente salvo", argumenta Tereza.

 

Para ver o artigo, clique aqui.

 

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