A Secretaria de estado da Saúde em parceria com a Secretaria da Justiça e Cidadania lançou neste dia 15 de outubro o curso de ensino à distância (EAD): "A Conquista da cidadania LGBT - a política da diversidade sexual no estado de São Paulo".  Essa iniciativa pioneira da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania através da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual vem sendo oferecida a todos os servidores públicos do estado de São Paulo desde 2011. Até o final de 2014, o curso terá atingido em torno de 14 mil alunos do estado.
 

O curso incorporado pela Secretaria da Saúde foi possível pela articulação de três áreas técnicas, a saber: Coordenação Estadual de DST/Aids, Núcleo Técnico de Humanização e o Centro Formador de Pessoal para Saúde de São Paulo (CEFOR).  Para este curso, a Secretaria da Saúde criou um módulo específico que abordará aspectos relativos à saúde da população LGBT.
 

Eloisa Arruda, secretária da Justiça do estado de São Paulo a respeito desta iniciativa comenta: "O curso está em sua 14º edição e tem por objetivo sensibilizar servidores públicos para que o desempenho das suas atividades esteja comprometido com o enfrentamento à homofobia e transfobia".
 

Para Deborah Malheiros, coordenadora do curso idealizado pela Secretaria de Justiça em parceria com a Fundap, "a procura pelo curso é grande. O estado deve acolher bem todos os cidadãos nos equipamentos públicos de São Paulo".
 

Sabemos que o preconceito que sofrem os LGBT em nossa sociedade pode interferir na sua qualidade de vida e também no acesso aos serviços de saúde. Neste sentido, algumas iniciativas vêm sendo realizadas no âmbito da SES, a exemplo, a criação do Comitê Técnico de Saúde Integral LGBT", observa Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual DST/Aids-SP. Este Comitê, coordenado por Márcia Giovanetti, da área de prevenção do CRT DST/Aids-SP, tem a finalidade de apontar as especificidades dessa população e propor ações diversas que possam ampliar o acesso aos serviços, qualificar a atenção a saúde, identificar a necessidade de pesquisas e enfrentar as práticas discriminatórias em função da orientação sexual e identidade de gênero.
 

Outra iniciativa importante nesse sentido foi a criação do Ambulatório de Saúde Integral de Travestis e Transexuais do Estado de São Paulo em 2009, hoje com mais de 3 mil usuários matriculados, inclusive de diversas regiões do estado e do país. "Atualmente,  estamos no processo de elaboração da linha do cuidado para essa população e, paralelamente, trabalhando na formação da rede de atenção envolvendo os três níveis de complexidade, atenção primária, secundária e terciária",  declara Maria Clara Gianna.
 

Convidamos a todos os trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) do estado de São Paulo a participar do curso. Inscreva-se no link: http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=17863