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Pesquisa ressalta a necessidade de orientações que promovam os direitos sexuais e reprodutivos de jovens portadores de HIV

Se antes o número de casos de HIV estavam concentrados apenas em grupos restritos, em especial homens homossexuais, hoje a realidade não é essa. A partir dos anos 90, o números de casos de mulheres heterossexuais com a doença também tem sido considerável, o que levou ao aumento de recém-nascidos com HIV contaminados por transmissão vertical.  

 

Muitas dessas crianças sobreviveram. Tanto que, no estado de São Paulo, em 2012, havia 872 jovens com 18 anos ou mais de idade que nasceram com HIV.

 

O estudo "Percepções sobre direitos sexuais e reprodutivos de jovens que nasceram com HIV" foi desenvolvido no programa de mestrado profissional do instituto de Saúde, com autoria de Daniela Aparecida Cardoso da Silva e está disponível no número suplementar do Boletim do Instituto de Saúde (BIS).  O objetivo da pesquisa foi estudar como o fato de ser portador do HIV interfere na vida do jovem que já nasce com o vírus, especialmente na esfera sexual e reprodutiva

 

"O importante desse estudo foi conseguir mostrar que hoje, graças ao desenvolvimento técnico-científico e assistência média, um jovem consegue ter uma vida normal, mesmo sendo soropositivo". É o que diz Suzana Kalckmann, bióloga, pesquisadora VI, docente do Programa de Mestrado Profissional em Saúde Coletiva da Coordenadoria de Recursos Humanos da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (Instituto de Saúde SES/SP) e orientadora da pesquisa.

 

Ainda sobre o desenvolvimento na área, Suzana afirma que hoje, com o tratamento adequado tanto durante a gestação, quanto na hora do parto e nos primeiros dias de vida do bebê, há maior possibilidade de uma mulher soropositiva conseguir ser mãe de uma criança sem o vírus. Para que isso seja possível, é necessário que a gestante tenha acompanhamento pré-natal adequado.

 

"Nos dias de hoje, as pessoas que recebem o devido tratamento conseguem uma vida longa, o que nos leva a concluir que tais pessoas, obrigadas a viver com o vírus, precisam de uma atenção especial no que diz respeito à vivência de sua sexualidade e desejo reprodutivo, pois ser portador do vírus da AIDS não impede que uma pessoa tenha desejos que qualquer outra pessoa tenha. Ser soropositivo não encerra o direito de uma pessoa se reproduzir, mas para isso ela precisa saber quais cuidados precisa tomar. Os atendimentos aos portadores de HIV ou doentes devem garantir acesso a informações corretas contemplando seus direitos sexuais e reprodutivos desde criança", afirma Suzana.

 

 

 

 

 

 

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