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Pesquisa busca entender a mudança do contexto social jovem a partir da pandemia

01 de junho de 2020

 

Para ajudar a compreender como o contexto social se modificou em tempos da pandemia do novo coronavírus, a pesquisa Trajetórias irá explorar trajetórias e práticas juvenis atualmente, a partir da interface da condição juvenil, suas subjetividades, a questão do distanciamento social e as práticas cotidianas.

 

Com a participação de Marisa Feffermann, pesquisadora do Instituto de Saúde de São Paulo, a pesquisa conta com sociólogos da FLACSO BRASIL (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais) e do Núcleo de Pesquisas e Estudos Sobre a Criança e o Adolescente – NUPEC, da Universidade Federal do Piauí/Centro de Ciências Humanas e Letras e o apoio das agências de saúde.

 

“A gente tem dois grupos de jovens, tem jovem que conseguiu fazer o distanciamento e tem consequências em relação a isso, desde a saúde, emocional; e o jovem que está se arriscando, que é o jovem que está fazendo as entregas. Conhecer isso é conhecer justamente como ele está lidando com a questão da saúde”, afirma Marisa.

 

A pesquisa entrevistará, online, jovens desde idade escolar a universitários em três estados diferentes: Piauí, São Paulo e Rio de Janeiro. Além de estudantes, jovens que moram em favelas pelo Brasil, e mesmo não sendo escolarizados, também deverão ser ouvidos.

 

Os pesquisadores utilizarão metodologia qualitativa, com questões abertas, focadas no cotidiano, na sociabilidade, nos sentimentos, entre outros tópicos, abordando também o trabalho, a saúde, a educação, no que se refere aos possíveis efeitos do distanciamento social imperativo no atual quadro de pandemia. “É uma pesquisa, não é um questionário. Ela vai ser justamente uma perspectiva de uma pesquisa dialogada através de perguntas e não necessariamente questionário fechado”, explica Marisa.

 

A mudança da relação com a internet também será um assunto chave a ser discutido, destaca a pesquisadora. “Como é que ele está usando a internet, como é que ele está se relacionando com a família, como ele está se relacionando com os amigos?”. São algumas das questões que serão abordadas para entender melhor como funciona essa nova relação entre ser humano e máquina quando esta pode ser a única possibilidade, para alguns, de algum tipo de lazer, uma vez que não há possibilidade de sair de casa.

 

A pesquisa Trajetórias está aguardando a aprovação pelo Conselho de Ética para ser iniciada e a realização das entrevistas deve demandar três meses para ser finalizada.

 

Núcleo de Comunicação Técnico-Científica

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