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Núcleo de Evidências do IS avalia testes rápidos para COVID-19

 

5 de maio de 2020

 

A pedido da Coordenadoria de Controle de Doenças, da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo (CCD-SES/SP), as pesquisadoras Sonia Isoyama Venancio e Maritsa Carla de Bortoli, do Núcleo de Evidências do Instituto de Saúde, elaboraram uma revisão rápida dos testes sorológicos de resultado imediato utilizados para o diagnóstico da COVID-19. Este tipo de revisão, embora siga critérios para garantir sua qualidade metodológica, reduz o tempo de avaliação das melhores evidências disponíveis e é mais adequada para atender emergências como a pandemia da COVID-19.

 

Segundo as autoras, é inegável a importância dos testes rápidos como uma das estratégias de enfrentamento da pandemia, mas ainda não há evidências robustas suficientes sobre o desempenho desses testes até esse momento. A revisão apresenta um levantamento, até o final de sua elaboração, de todos os testes rápidos aprovados pela ANVISA para comercialização no Brasil, porém a maioria das evidências sobre seu desempenho são provenientes de estudos com amostras pequenas, realizados pelos próprios fabricantes.

 

Uma das conclusões da revisão é que para a utilização dos testes rápidos é importante reconhecer que o desempenho dos mesmos pode variar em função do momento da coleta das amostras, sendo melhor em fase mais tardia, após o sétimo dia do contágio.

 

A revisão indicou também que os testes sorológicos são efetivos para determinar a extensão da infecção pelo SARS-Cov-2 na população, e podem servir de diagnóstico suplementar ao RT-PCR (Real Time - Polymerase Chain Reaction) – atualmente o principal meio de diagnóstico - enquanto os testes sorológicos são essenciais para o entendimento da epidemiologia do vírus.

 

O estudo é importante porque, no Brasil, ampliar a realização de testes diagnósticos representa um desafio, uma vez que há capacidade para realizar somente 296 testes por milhão de pessoas, número inferior a diversos países, como Itália (23.122 testes/milhão), Alemanha (20.629 testes/milhão), Portugal (23.133 testes/milhão) e Estados Unidos (12.045 testes/milhão).

 

”Esperamos que revisão possa subsidiar a CCD-SES/SP nas decisões em relação aos testes rápidos, tanto na adoção quanto em sua distribuição, permitindo conhecer o número de casos confirmados, a progressão da pandemia e planejar estratégias para conter a doença”, comentam as autoras.

 

Acesse aqui a revisão rápida Desempenho de Testes Rápidos de Laboratório para o Enfrentamento da Pandemia pelo SARS-CoV-2.

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