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Mestranda do IS apresenta trabalho no Congresso da APSP

Patrícia Maria Bucheroni, aluna do programa de mestrado profissional do Instituto de Saúde (IS), sob orientação de Tereza Etsuko da Costa Rosa, pesquisadora do IS, e com auxílio Elisabeth Maria Domingues da Silva, da Coordenadoria de Vigilância da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, desenvolveu o trabalho "Instituição de Longa Permanência para Idosos: um paradoxo entre o social e a saúde", que faz uma descrição dessas instituições com base em relatórios de inspeções realizadas pela Vigilância Sanitária do município de São Paulo (COVISA/SMS-SP). O trabalho será apresentado no Congresso da Associação Paulista de Saúde Pública (APSP), que acontece entre os dias 26 e 30 de setembro, em São Carlos.

 

O estudo faz parte da pesquisa de mestrado de Patrícia. Foram analisadas todas as instituições inspecionadas pela COVISA até o final de 2014, que totalizavam 381, buscando verificar o perfil dos idosos internados, os tratamentos disponibilizados por essas instituições e suas condições físicas e estruturais.

Entre os dados levantados pelo estudo, evidenciou-se que a maioria das instituições ainda traziam no nome social o termo "asilo", o que, de acordo com Tereza, orientadora da pesquisa, deveria ser evitado.

 

"O termo asilo traz ao imaginário das pessoas várias características negativas, como pobreza, abandono, senilidade etc. Ou seja, essa expressão carrega consigo vários estigmas acerca da pessoa idosa internada. Uma das coisas que devem ser buscadas é evitar esses termos que dão sentidos pejorativos do envelhecimento" , diz Tereza.

 

O estudo mostra que existe uma variedade de causas que levam o idoso a ser internado e também que o perfil dos internos é bastante vasto, fazendo ser necessário que essas instituições identifiquem o cuidado ideal para cada usuário.

 

"Nas Instituições de longa permanência, há tanto idosos em condições de residir com outras pessoas, mas que não o fazem por não ter para onde ir, como idosos com grande dificuldade de locomoção, o que impede que eles residam com familiares. O importante desse estudo foi evidenciar essas diferenças e possibilitar que, a partir desses dados, possa se chegar a propostas mais adequadas", afirma Tereza, orientadora da aluna.

 

Patrícia Bucheroni, autora principal do estudo, afirma que as instituições de longa permanência merecem um debate mais aprofundado, o que é causa, segundo ela, do aumento do número de estabelecimentos que acolhem idosos em situações de saúde cada vez mais frágeis.

 

"As instituições de longa permanência, que antes prestavam apenas assistência ao idoso, atualmente prestam também serviços de saúde e diferentes tipos de cuidados. Mas o caráter híbrido desses serviços não para por aí. Existem idosos com baixos níveis de dependência e elevado grau de autonomia vivendo em ambientes com características estruturais que não estão adequados a suas características e demandas de saúde", diz a mestranda.

 
Núcleo de Comunicação Técnico-Científica

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