Instituto de Saúde

A A A Tamanho do texto

Instituto de Saúde busca novas formas de garantir a inovação permanente na Saúde Pública

19 de novembro de 2019

 

 

Em sua busca incessante pela inovação nos serviços de Saúde prestados à população, o Instituto de Saúde realizou na última segunda-feira, 18 de novembro, um seminário sobre Inovação, o primeiro de dois seminários destinados ao avanço de sua atuação nos próximos anos. O segundo, na próxima sexta-feira, 22 de novembro, será dedicado á Pesquisa de Implementação, ou seja, como tornar a inovação uma realidade.

 

O evento desta segunda-feira foi inicialmente dedicado à compreensão dos diversos conceitos de inovação existentes e à identificação daqueles mais apropriados à história, à missão e ao quadro de pesquisadores do Instituto.

 

A abertura do seminário foi feita por Marcos Barbosa de Oliveira, pesquisador de Instituto de Estudos Avançados da USP, que fez um alerta sobre a mercantilização da ciência por meio do que ele define como “inovacionismo”: a busca exclusiva de inovações que gerem produtos rentáveis em pouco tempo, em detrimento do investimento público na pesquisa que atenda às necessidades mais prementes da população.

 

Isabela Soares Santos, pesquisadora do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Osvaldo Cruz, trouxe a experiência da Fiocruz a esse respeito. E iniciou afirmando também a importância da definição do conceito de inovação a ser utilizado. Inovação não é apenas, nem necessariamente, algo “novo”. Ou, como havia observado anteriormente o professor Barbosa, “nem tudo que é novo é bom, e nem tudo que é velho é ruim”. Em 2005, segundo Isabela, pesquisadoras da Fiocruz apresentaram o conceito de atividades “inovativas”, “que não é o conceito tradicional, mas é tão importante quanto ele”. Ou seja, a inovação não se limita a produtos tangíveis, mas pode se estender também às formas e processos. A maior restrição à implementação desse tipo de inovação, porém, reside no “produtivismo acadêmico”, cujos critérios de produtividade não permitem a incorporação de resultados intangíveis.

 

Sônia Venâncio Isoyama, vice-diretora do Instituto de Saúde, por sua vez, afirmou que “a inovação que a gente pretende é a que vai trazer benefícios para a população e vai fortalecer o SUS”.

 

 

                     

Eduardo Marino, (Fundação Maria Cecília de Souza Vidiga), Sônia Venâncio (Instituto de Saúde) e o consultor em inovação Arnaldo Silva Jr durante as discussões sobre as inovações do projeto PIPAS para uma alimentação infantil saudável.

 

 

Após as exposições dos convidados, o seminário prosseguiu com a análise do potencial inovador de alguns projetos já realizados pelo Instituto, como os CurSUS - Cursos de Aperfeiçoamento e Atualização para os Trabalhadores do SUS, o projeto PIPAS – Primeira Infância para Adultos Saudáveis (implantado no Ceará com o apoio das fundações Maria Cecília Vidigal e Bill & Melinda Gates), a Rede de Proteção contra o Genocídio e a parceria do Instituto de Saúde com o Cosems para a divulgação de experiências exitosas no âmbito do SUS.

 

 

Núcleo de Comunicação Técnico-Científica

Comunicar Erro




Enviar por E-mail






Colabore


Obrigado