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Incentivo a aleitamento materno obtém resultados positivos em Embu das Artes

O leite materno é a melhor fonte para uma nutrição saudável do bebê nos primeiros momentos após o seu nascimento, até seis meses de idade e depois de forma complementar até dois anos de vida ou mais. Mais que isso, o aleitamento materno é uma forma de prevenção de doenças no recém-nascido e caracteriza-se por melhorar o vínculo afetivo entre mãe e filho desde o início de vida da criança. Dessa forma, faz-se necessário políticas fortes de incentivo ao aleitamento materno, principalmente durante os primeiros seis meses de vida, período em que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), nenhum outro alimento deve ser dado à criança.

 

Desde 1981, quando foi lançado o Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno, o Brasil vem implantando ações de incentivo na área, entre as quais destacam-se algumas conquistas como a aprovação da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos Infantis, a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), a regulamentação dos bancos de leite, e, mais recentemente, a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, para apoiar a atenção básica.

 

Um estudo realizado no Instituto de Saúde SES/SP (IS-SP) analisou a implantação de ações de incentivo ao aleitamento materno no município de Embu das Artes, na Grande São Paulo, entre os anos de 2002 e 2012 e mostrou que a implantação de programas desse cunho tendem a melhorar a situação do aleitamento materno. Segundo tal estudo, intitulado "Promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno na década de 2002-2012 no município de Embu das Artes, SP", e que está disponível no número suplementar do Boletim do Instituto de Saúde (BIS), a porcentagem de bebês alimentados apenas com leite humano até os seis meses aumentou de 16% em 2001 para 42% em 2010 neste município.

 

Lucimeire Brockveld, autora da pesquisa e mestre em Saúde Coletiva pela Coordenadoria de Recursos Humanos da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (Instituto de Saúde/SES-SP), atua profissionalmente no município de Embu há 20 anos e afirma ter acompanhado de perto a implantação do programa. Segundo ela, o objetivo da pesquisa foi "estabelecer um paralelo entre as recomendações nacionais e internacionais sobre a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e o que foi realizado no município de Embu das Artes nos últimos dez anos, além de apontar os avanços e as lacunas do programa".

 

Ainda segundo Lucimeire, é preciso intensificar as ações para aumentar os números de aleitamento materno, tanto no município estudado como em todo o Estado.

 

"Algumas melhorias devem ser realizadas no âmbito hospitalar, que ainda resiste em ter boas práticas de humanização e respeito à mulher, à criança e à família. A proteção à mulher trabalhadora ainda está longe da ideal. Isso contribui para o desmame precoce. Vale ressaltar que, em Embu, as servidoras públicas têm direito a licença maternidade por seis meses, mas a maioria das mulheres ainda não possuem esse direito", afirma a autora do estudo.

 

Os dados da pesquisa foram divulgados para os gestores e profissionais da saúde da rede municipal e pode ser utilizada para o planejamento de novas ações.

 

Núcleo de Comunicação Técnico-Científico 

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