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Fiocruz e IS disponibilizam estudos sobre eficácia e segurança de PICS em tratamentos

08 de julho de 2020

 

Desde o ano passado o Centro de Tecnologias de Saúde para o SUS-SP do Instituto de Saúde vem produzindo uma série de revisões rápidas sobre evidências globais de eficácia e segurança de diferentes Práticas Integrativas e Complementares (PICS) adotadas no Brasil.

 

A pesquisa, coordenada por Jorge Otavio Maia Barreto, da Fiocruz Brasília, contou com a parceria do Instituto de Saúde de São Paulo, que prestou assessoria técnica especializada no desenvolvimento de produtos, de tradução do conhecimento e sínteses rápidas de evidências para apoiar a tomada de decisão de gestores e, sobretudo, proporcionar apoio à coordenação das PICS e implementar o aprimoramento de métodos para revisões rápidas no âmbito da gestão de tecnologias em saúde.

 

“Esta política atende, sobretudo, à necessidade de se conhecer, apoiar, incorporar e implementar experiências que já vêm sendo desenvolvidas na rede pública de muitos municípios e estados, principalmente da medicina tradicional chinesa, como a acupuntura, da homeopatia, da fitoterapia, da medicina antroposófica e do termalismo e crenoterapia com o propósito de restaurar a saúde e promover qualidade de vida, garantindo uma maior integralidade e resolutividade da atenção à saúde”, afirma Tereza Toma, pesquisadora do Instituto da Saúde e participante da pesquisa.

 

Também pesquisadora do Instituto, Maritsa Carla de Bortoli se junta a Tereza Toma nesse projeto como orientadoras de três ex-aprimorandas do IS, que receberam bolsas da Fiocruz Brasília: Bruna Carolina de Araújo, fisioterapeuta; Letícia Aparecida Lopes Bezerra da Silva, obstetriz; e Roberta Crevelário de Melo, gerontóloga.

 

Mas o que são as Práticas Integrativas e Complementares?

 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as PICS são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças como depressão e hipertensão. Em alguns casos, também podem ser usadas como tratamentos paliativos em algumas doenças crônicas.

 

Em outras palavras, são práticas e terapias que complementam as terapias convencionais, ajudando a restaurar o equilíbrio físico, mental, emocional e espiritual.

 

Atualmente, o SUS oferece de forma integral e gratuita, 29 procedimentos de PICS para a toda a população, entre eles homeopatia, acupuntura, meditação, quiropraxia, entre muitos outros.

 

De acordo com um estudo realizado pelo Ministério da Saúde através do novo sistema de informação da Atenção Básica e estratégia (e-SUS) em 2016, ano em que se completou dez anos da implantação da PNPIC (Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares) no Brasil, foi constatado que os estados que mais utilizam essas práticas são Mato Grosso e São Paulo, sendo a terapia mais procurada a Medicina Tradicional Chinesa (acupuntura).

 

As PICS vêm ocupando cada vez mais espaço no cotidiano dos usuários do SUS. Em um período de um ano, 2015 a 2016, o estado de São Paulo passou de 41.352 atendimentos em PICS para 352.177, quase dez vezes maior que o ano anterior.

 

As pessoas passaram a utilizar essas terapias como forma de alívio de doenças psicológicas - como estresse, ansiedade e depressão - e doenças físicas – hipertensão, diabetes e dores localizadas -, em consonância com medicamentos prescritos.

 

Visando entender se existe eficácia nesses métodos, o Centro de Tecnologias de Saúde realizou diversas pesquisas analisando relatos, artigos e bases de dados online durante um ano e divulgou recentemente dez revisões rápidas contendo os resultados dos estudos focados em três práticas específicas: acupuntura, meditação e yoga.

 

Cada relatório contém informações relacionando as práticas a uma doença específica como yoga e a obesidade, meditação e a ansiedade ou acupuntura e a dor. Os estudos contam com uma explicação sobre cada prática, o método utilizado para a pesquisa e os resultados obtidos a partir da análise dos relatos.

 

Segundo Tereza, “Essas revisões rápidas têm sido realizadas para atender à Coordenação Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (CNPICS/DPS/SAPS/MS). Elas podem ser úteis também às áreas técnicas de secretarias estaduais e municipais de saúde, bem como aos pesquisadores interessados no tema”.

 

Confira os textos integrais das revisões rápidas aqui.  

 

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