Instituto de Saúde

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Contracepção de Emergência no Brasil foi o tema do livro lançado pelo Instituto de Saúde

30 de setembro

 

Nos 11 capítulos do livro "Panorama da Contracepção de Emergência no Brasil", vigésimo primeiro volume da Coleção Temas em Saúde Coletiva do Instituto de Saúde, a situação da contracepção de emergência no cenário internacional, latino-americano e nacional é analisada enquanto conquista de direitos sexuais e reprodutivos. Esse método de contracepção foi regulamentado para uso no Brasil desde 1996 e têm potencial de prevenir uma série de problemas que acometem às mulheres, como a gravidez não planejada, aborto e casos de morbidade e mortalidade materna, inclusive entre adolescentes.

 

 

Apesar de o método ter sido regulamentado no Brasil há duas décadas, ainda não é tão conhecido pelas mulheres brasileiras. O levonorgestrel ou pílula do dia seguinte como popularmente é conhecido, consta na lista de medicamentos de dispensação básica do Sistema Único de Saúde (SUS) para distribuição em todas as unidades de saúde da federação brasileira sem a necessidade de prescrição.

 

Em sua apresentação, Vanusa Baeta, consultora do Ministério da Saúde, são adquiridas aproximadamente 1,4 milhões de cartelas de pílulas de contracepção de emergência para distribuição bienal, entretanto a partir de pesquisa realizada em algumas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Distrito Federal, notou-se que a contracepção de emergência nem sempre chega para dispensação à população. Em enfrentamento a este cenário o Ministério da Saúde juntamente com a Rede Cegonha elaborou o Protocolo de Uso da Pílula de Emergência, distribuído para toda a rede de saúde com a intenção de divulgar e difundir o método.

 

Segundo fala de uma das autoras do livro, Cristiane da Silva Cabral, a contracepção de emergência no Brasil ainda é vista erroneamente como um método abortivo e as consumidoras que buscam esse método em farmácias e drogarias do país, em sua maioria, são vistas com preconceito pelos balconistas e farmacêuticos.

 

 

O lançamento foi coordenado pela pesquisadora do Instituto de Saúde, coordenadora da Rede Brasileira de Promoção de Informações e Disponibilização da Contracepção de Emergência (REDE CE) e uma das organizadoras do livro, Regina Figueiredo, com participação de expoentes na área da Saúde da Mulher, como o médico obstetra Jefferson Drezett, responsável pelo Núcleo de Violência Sexual e Aborto Legal do Hospital Pérola Byington; a enfermeira Ana Luiza Vilela Borges, vice-coordenadora da REDE CE e Professora Titular da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; Cristiane da Silva Cabral, psicóloga e professora do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo; Vanusa Baeta, farmacêutica-bioquímica e consultora do Ministério da Saúde e Margareth Arilha do Núcleo de Estudos de População ¿Elza Berquó¿ da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), que apontaram para um caminho longo a ser trilhado para que a contracepção de emergência no Brasil seja uma opção para o planejamento familiar de mais fácil acesso, devido a sua importância de ser a única opção disponível para uso pós-coito.

 

O livro é de distribuição gratuita e pode ser baixado aqui.

 

Núcleo de Comunicação Técnico-Científica

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