Instituto de Saúde

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Trabalho sobre adolescentes e jovens e o tráfico em territórios com Upps é apresentado no Instituto de Saúde

15 de junho de 2016

 

 

No dia 07 de junho, durante a Reunião Técnico-Científica organizada pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para o SUS-SP do Instituto de Saúde (IS), foi apresentado o trabalho de pós-doutoramento da pesquisadora Marisa Feffermann do Núcleo de Práticas de Saúde do instituto, com o tema "Adolescentes e jovens: o tráfico de drogas em territórios com Upps, tempos vividos, percepções e expectativas".

 

Com a perspectiva de um trabalho desenvolvido por mais de 10 anos com pesquisas de campo em favelas de São Paulo como Paraisópolis, e do Rio de Janeiro como Complexo do Alemão, Borel e Cantagalo, convivendo com a comunidade e com integrantes do tráfico de drogas, Marisa Feffermann compartilhou sua experiência abordando o tema da reorganização do tráfico a partir da criação das Unidades de Polícia Pacificadoras (Upps) em 2008, o oficio de jovens dentro deste sistema e a vida intensa que levam.

 

Foi apresentada como consequência da vulnerabilidade social associada principalmente à desigualdade socioeconômica, ao desemprego e ao empobrecimento, a busca de formas alternativas de sobrevivência agravada pelo tráfico de drogas que atrai grande número de jovens e interfere na saúde pública da população dessas comunidades.  Comportamentos de risco como o consumo abusivo de drogas, envolvimento com o tráfico de drogas e a utilização de armas de fogo resultam na morte precoce ou ocorrência de sequelas em jovens de idade produtiva, superlotação dos serviços de saúde, aumento do custo de assistência e interferência na qualidade da atenção.

 

A partir de seu ponto de vista como psicóloga, Marisa também analisou as condições psicológicas em que esses jovens são submetidos pelo risco de seu ofício e pela confiança no outro por depender dele para sua própria segurança. Além disso a relação de "trabalho" dentro do tráfico segue suas próprias leis, com um contrato verbal baseado na confiança e no sigilo e pautado na punição, que em seu extremo pode ser a morte.

 

 

Núcleo de Comunicação Técnico-Científica

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