Artigo publicado no São Paulo Medical Journal aborda as dificuldades que médicos residentes encontram de ajudar pacientes com sintomas psiquiátricos
O São Paulo Medical Journal, em sua edição de janeiro de 2011, publicou o artigo "Residência médica: fatores relacionados à 'dificuldade para ajudar' na relação médico-paciente". O estudo teve como objetivo investigar as dificuldades vivenciadas pelos médicos residentes e determinar se o problema está associado às características do paciente ou às percepções dos médicos. De acordo com a pesquisa, os médicos podem evitar a abordagem de problemas psicossociais, propor intervenções médicas desnecessárias, bem como minimizar as preocupações dos pacientes, conforme a percepção que têm deles.
A pesquisadora do Instituto de Saúde (IS) Maria Cezira Fantini Nogueira-Martins participou da elaboração do trabalho. Os outros membros do grupo de pesquisa foram Mario Alfredo de Marco, Vanessa Albuquerque Cítero, Latife Yazigi, Lawrence Sagin Wissow, Luiz Antonio Nogueira-Martins e Sergio Baxter Andreoli.
Médicos residentes da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e pacientes internados no Hospital São Paulo (HSP) participaram do estudo. As seguintes unidades hospitalares foram utilizadas: gastrocirurgia, ortopedia, clínica geral, ciurgia vascular, cardiologia, cirurgia cardíaca, neurocirurgia e unidade de tratamento intensivo.
Os resultados obtidos por meio de questionários sobre ansiedade, depressão e sóciodemográficos respondidos pelos pacientes e residentes demonstraram um baixo índice de acordo. Dos pacientes, 27,7% responderam que possuíam algum sintoma de ansiedade/depressão. Já entre os residentes, 45% responderam que seus pacientes apresentavam algum desses sintomas.
Os pesquisadores chegaram à conclusão de que as dificuldades em ajudar os pacientes com sintomas ansiosos e depressivos estão, em parte, associadas às percepções dos médicos residentes. Para resolver este problema, o estudo sugere que os médicos residentes de áreas clínicas e cirúrgicas deveriam receber treinamento específico para a identificação de sintomas ansiosos e depressivos em seus pacientes, visando contribuir para minimizar as dificuldades para ajudar os pacientes e melhorando a qualidade da assistência a eles prestada.
Os pesquisadores ressaltam que, além da identificação dos sintomas, o treinamento envolveria também a participação de profissionais da área de saúde mental para fomentar debates entre os residentes. Essa aproximação se daria a partir dos princípios de uma modalidade de assistência denominada Interconsulta em Saúde Mental no Hospital Geral, que favorece a inserção dos profissionais de saúde mental na atividade assistencial hospitalar.
O artigo "Residência médica: fatores relacionados à 'dificuldade para ajudar' na relação médico-paciente" está disponível na íntegra aqui.
Núcleo de Comunicação Técnico-Científica
A pesquisadora do Instituto de Saúde (IS) Maria Cezira Fantini Nogueira-Martins participou da elaboração do trabalho. Os outros membros do grupo de pesquisa foram Mario Alfredo de Marco, Vanessa Albuquerque Cítero, Latife Yazigi, Lawrence Sagin Wissow, Luiz Antonio Nogueira-Martins e Sergio Baxter Andreoli.
Médicos residentes da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e pacientes internados no Hospital São Paulo (HSP) participaram do estudo. As seguintes unidades hospitalares foram utilizadas: gastrocirurgia, ortopedia, clínica geral, ciurgia vascular, cardiologia, cirurgia cardíaca, neurocirurgia e unidade de tratamento intensivo.
Os resultados obtidos por meio de questionários sobre ansiedade, depressão e sóciodemográficos respondidos pelos pacientes e residentes demonstraram um baixo índice de acordo. Dos pacientes, 27,7% responderam que possuíam algum sintoma de ansiedade/depressão. Já entre os residentes, 45% responderam que seus pacientes apresentavam algum desses sintomas.
Os pesquisadores chegaram à conclusão de que as dificuldades em ajudar os pacientes com sintomas ansiosos e depressivos estão, em parte, associadas às percepções dos médicos residentes. Para resolver este problema, o estudo sugere que os médicos residentes de áreas clínicas e cirúrgicas deveriam receber treinamento específico para a identificação de sintomas ansiosos e depressivos em seus pacientes, visando contribuir para minimizar as dificuldades para ajudar os pacientes e melhorando a qualidade da assistência a eles prestada.
Os pesquisadores ressaltam que, além da identificação dos sintomas, o treinamento envolveria também a participação de profissionais da área de saúde mental para fomentar debates entre os residentes. Essa aproximação se daria a partir dos princípios de uma modalidade de assistência denominada Interconsulta em Saúde Mental no Hospital Geral, que favorece a inserção dos profissionais de saúde mental na atividade assistencial hospitalar.
O artigo "Residência médica: fatores relacionados à 'dificuldade para ajudar' na relação médico-paciente" está disponível na íntegra aqui.
Núcleo de Comunicação Técnico-Científica