O Programa Estadual de DST e Aids do Estado de São Paulo lançou na terça-feira, dia 18 de abril, o aplicativo "Cuide-se Bem", que funciona como uma espécie de "prontuário médico portátil", para auxiliar pacientes de HIV e Hepatites Virais a se manterem organizados no dia a dia, sem "pular" etapas do tratamento. Dentre as principais funcionalidades, o app faz alertas sobre os medicamentos que estão acabando, para que possam ser repostos, e sobre as consultas que estão agendadas.

Disponível em português, o aplicativo é 100% gratuito e pode ser baixado pelo celular nos sistemas IOS e Android. A ideia é que ele se torne uma ferramenta universal, acessada por pacientes de Norte a Sul do país e até de fora do território brasileiro. A expectativa é de que o app possa ajudar em torno de 70% dos pacientes com HIV, já diagnosticados e em tratamento. Estima-se que hoje 830 mil pessoas vivam com HIV no país.

O aplicativo permite também ter registrados todos os resultados dos exames feitos, o que permitirá uma comparação entre eles que mostre a evolução ou não dos tratamentos. Outra funcionalidade é uma espécie de "bula eletrônica", que traz informações sobre cada medicação usada e sobre seus eventos adversos.

"A ideia do app nasceu de uma necessidade de melhorarmos a adesão ao tratamento das pessoas que hoje têm HIV ou hepatites virais. Para isso, fizemos um mapeamento no ano passado das dificuldades e necessidades dessas pessoas", afirmou a médica Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual de DST e Aids do Estado de São Paulo. Tanto o tratamento de HIV, quanto o de hepatites virais para serem bem sucedidos, exigem disciplina dos pacientes, pois envolvem combinações de medicamentos, com horários rígidos, além de uma rotina de exames e consultas. 

O app foi desenvolvido pela equipe do programa de DST e Aids em parceria com a farmacêutica Abbvie e com o Programa Estadual de Hepatites Virais do Estado de São Paulo. A iniciativa tem o apoio do Hospital Emílio Ribas, que hoje trata, em nível ambulatorial, oito mil pacientes de HIV e Hepatites.

O projeto faz parte de um trabalho mais amplo chamado "Diretrizes para Apoiar a Implementação da Rede de Cuidados em IST/HIV", que visa qualificar a atenção ofertada hoje às pessoas com vulnerabilidade.