Humanização

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Humanização Contribui para Integração das Unidades do Projeto Região Oeste

 

No intuito de ampliar a plataforma de ensino da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no nível básico de assistência e sua interação com os equipamentos de atenção secundária e terciária, foi instituída, em 2003, a Comissão de Ensino e Pesquisa em Atenção Primária à Saúde (CEPAPS). Dessa comissão surgiram discussões que resultaram em uma reformulação curricular, garantindo a criação de três disciplinas de Atenção Primária à Saúde na Graduação da FMUSP, além do programa de residência médica em Medicina da Família e Comunidade (formalizada em 2004), entendendo a importância da integralidade da atenção à saúde e a necessidade de transmitir esse conceito aos seus alunos.

 

Deste projeto, inicialmente, culmina um convênio com a Secretaria Municipal de Saúde, o qual estabelecia como campo de práticas os equipamentos públicos municipais de saúde localizados na Região Oeste da cidade de São Paulo. A partir do percurso exitoso das atividades, de ensino e assistência, celebra-se um contrato de Gestão entre a Secretaria de Saúde e a Organização Social Fundação de Medicina (FFM), fundamentado pelo Projeto Região Oeste (PRO), proposta que objetiva contribuir para o aprimoramento do Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade de São Paulo e permitir maior articulação entre ensino, pesquisa e assistência, pilares que regem as atividades da Faculdade de Medicina da USP.

 

As unidades de saúde que fazem parte do Projeto Região Oeste estão cada vez mais integradas e a coordenação do projeto tem estimulado o reconhecimento e a disseminação de ações ligadas por meio de um intercâmbio de ideias.

 

¿Esse ano resolvemos pensar na Humanização de maneira mais sistemática, explica Mariana Sato, líder do eixo de Humanização do PRO¿. O primeiro passo foi aglutinar a equipe em torno da causa e para isso houve um fórum de sensibilização, quando se formaram comissões de Humanização em todas as unidades da rede. Foram detectadas mais de 130 iniciativas, principalmente nas áreas de acolhimento, prevenção à saúde e gestão participativa. Os números demonstram a consistência da cultura local voltada à Humanização, mais ainda é preciso avançar na instauração de uma cultura institucional.

 

A próxima etapa de trabalho será a realização de um fórum com as experiências exitosas da Humanização. Os funcionários serão convidados a apresentar suas soluções de maneira criativa, utilizando música e teatro, por exemplo. ¿Os estudos têm demonstrado que a arte tem um grande potencial de comunicação, bem como o de restaurar a dimensão ética das relações humanas¿, defende Mariana Sato.

 

Todas as práticas ligadas à Humanização têm o objetivo de fazer as pessoas se sentirem mais percebidas e acolhidas. Mas, afinal, do que se trata a Humanização? ¿Com tantos intermediadores na relação entre as pessoas, é importante resgatar conceitos como ética, respeito, preocupação e espontaneidade. As ações de Humanização pretendem, essencialmente, iluminar os valores humanos que não deixaram de existir, mas que muitas vezes ficam escondidos por detrás dos protocolos, papéis e equipamentos, em meio à correria inerente ao cumprimento da tantas tarefas¿, defende Mariana.

 

 

 

 

 

 

Responsável pelo conteúdo informado:

Pedro Afonso Braz Resende

Núcleo Técnico e Científico de Humanização

Diretoria Clínica do HCFMUSP

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