CURSO PROMOVIDO PELA SECRETARIA DA SAÚDE CONTRIBUI PARA META DE ZERO DISCRIMINAÇÃO DA UNAIDS

A Coordenação Estadual DST/Aids-SP está alinhada com a meta de Zero Discriminação a população LGBT e pessoas vivendo com HIV/aids proposta pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).  Neste contexto, a Secretaria da Saúde oferece aos trabalhadores da área da saúde, um curso de ensino a distância sobre direitos humanos e diversidade sexual, como forma de sensibilização e humanização da assistência no atendimento a lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT).

Trata-se de uma parceria entre a Secretaria da Saúde (SES) e da Justiça e Defesa da Cidadania (SJDC). Esta já vinha ofertando o curso  desde 2011, por meio da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual. Nestes 4 anos de existência já foram oferecidas aos servidores públicos do estado de São Paulo 14.000 vagas. ¿Diante da necessidade de enfrentamento a toda forma de discriminação e violência em razão da orientação sexual e identidade de gênero dos usuários do SUS, a Secretaria de Estado da Saúde adaptou o conteúdo do curso original as necessidades da área da saúde¿, comenta Márcia Giovanetti, técnica da Gerência de Prevenção, uma das responsáveis pelo EAD. ¿Incluiu-se um módulo com conteúdo específico sobre saúde da população LGBT e a carga horária total ampliou-se de 30 para 40 horas¿, destaca.

Até o momento 2.300 vagas já foram oferecidas com a previsão de alcançar  4.500 vagas até o final de 2015. Estamos divulgando a 5ª. edição desta iniciativa fundamental para o enfrentamento do preconceito em ambiente de trabalho.

Segundo relatório das Nações Unidas divulgado em Genebra no início de junho deste ano, a discriminação e a violência contra pessoas com base em sua orientação sexual e identidade de gênero ainda continua preocupante, embora tenha melhorado em relação ao último estudo realizado há quatro anos.  De acordo com o documento, constatou-se que a violência motivada pela homofobia e transfobia é muitas vezes brutal, e  constituem-se em violações graves dos direitos humanos.

Além da violência, a discriminação prejudica o acesso da população LGBT a escola e aos serviços de saúde. ¿Precisamos investir na humanização da assistência, que passa necessariamente pelo reconhecimento e respeito à diversidade sexual¿, comenta Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual DST/Aids-SP.

É importante ressaltar que para que o Brasil consiga atingir a meta 90-90-90 até 2020, ou seja, 90% de todas as pessoas vivendo com HIV saibam que têm o vírus; 90% das pessoas diagnosticadas com HIV recebam terapia antirretroviral; e 90% das pessoas recebendo tratamento possuam carga viral indetectável e não mais possam transmitir o vírus, será imprescindível investir na humanização da saúde e isto passa pelo enfrentamento a toda forma de preconceito que gera discriminação e violação de direitos.

¿Esperamos que este curso contribua para instrumentalizar os trabalhadores da saúde no estado de São Paulo para que possam acolher a população LGBT com respeito, qualificando o atendimento em todos os níveis da atenção, observando as diferentes necessidades e especificidades presentes nestes grupos. Concomitantemente, estarão sensibilizados para o combate a toda forma de preconceito e discriminação, principalmente à homofobia e a transfobia¿, conclui Maria Clara Gianna.

As inscrições para o 5º Curso "A Conquista da Cidadania LGBT" encontram-se abertas até dia 26 de julho. Inscreva-se pelo site: www.crt.saude.sp.gov.br