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Cirrose hepática atinge dois em cada 10 pacientes com problemas no fígado

Levantamento foi realizado no Hospital de Transplantes do Estado; consumo excessivo de álcool é uma das principais causas da doença

Levantamento foi realizado no Hospital de Transplantes do Estado; consumo excessivo de álcool é uma das principais causas da doença

Os pacientes com cirrose hepática representam 20% dos mais de mil atendimentos ambulatoriais do serviço de hepatologia do Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo, unidade da Secretaria de Estado da Saúde na capital paulista. Dentre as principais causas da doença está a ingestão diária e abusiva de bebidas alcoólicas.

O álcool inflama e destrói gradualmente as células do fígado que, com o tempo, fica tomado por pequenas cicatrizes. Esta fase, em que o órgão está repleto de "machucados", é a cirrose hepática. Estima-se que em torno de 15% dos alcoólatras cheguem a esta etapa em um período entre 10 e 15 anos de dependência.

As complicações decorrentes da doença podem acontecer lentamente e desencadear o acúmulo de água na barriga (ascite), inchaço nas pernas, confusão mental (encefalopatia), entre outros incômodos, ou com o desenvolvimento de câncer no fígado e hemorragias digestivas.

"O acompanhamento com o especialista e a aderência ao tratamento medicamentoso retardam a evolução da patologia, mas é fundamental que o doente não faça a ingestão de nenhum tipo de bebida alcoólica, nem em pequena quantidade", destaca o médico coordenador do serviço, Carlos Baia.

Hepatites virais - do tipo C, em sua maioria - também desencadeiam a cirrose hepática. Por isto é importante realizar o teste laboratorial através do exame de sangue. "Prevenção é sempre a melhor escolha. A hepatite C, por exemplo, é uma doença silenciosa e o combate fica mais fácil se o diagnóstico for precoce", explica o hepatologista. A associação da hepatite com o consumo de álcool acelera a progressão das lesões no fígado.

O transplante de fígado só é indicado em casos muito graves, quando o paciente já está com as funções vitais do fígado totalmente comprometidas.

"Uma das características do álcool é induzir tolerância e a pessoa precisa de uma quantidade cada vez maior para sentir o mesmo efeito de 'relaxamento' inicial", finaliza Baia.
Publicado por Assessoria de Imprensa em

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