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Especialistas aprovam medidas restritivas para conter pandemia

O endurecimento da quarentena anunciado na sexta-feira (22) pelo governo paulista foi uma atitude necessária para conter o avanço da pandemia de Covid-19 no estado de São Paulo, afirmam especialistas da Unesp que acompanham os números da doença.

 

 

“Foi uma medida correta e corajosa porque as resistências são enormes. Isso é necessário para frear o processo de aceleração e aumento da taxa de contágio no estado”, afirma o professor Raul Borges Guimarães, geógrafo da saúde, um dos pesquisadores envolvidos no projeto Radar Covid-19, que monitora o avanço da doença, e pró-reitor de extensão e cultura da Unesp. “A gente vem atualizando a taxa de contágio por região e estamos, neste momento, vivendo o reflexo do comportamento de parte da população nas festas de final de ano”, diz Guimarães.

 

As medidas restritivas recém-divulgadas foram acompanhadas pelo anúncio da abertura de 756 novos leitos de UTI no estado e da reativação a partir de fevereiro de um hospital de campanha na comunidade de Heliópolis, a mais populosa da capital paulista. Integrante do Centro de Contingência que reúne cientistas que estão ajudando a orientar as políticas públicas a serem adotadas pelo governo paulista, o professor Carlos Magno Fortaleza, epidemiologista da Faculdade de Medicina do câmpus de Botucatu da Unesp, afirma que o governo paulista tomou a medida baseado na recomendação dos cientistas.

 

“Fizemos várias análises e a única dúvida é se não deveria colocar todas as regiões do estado em vermelho de uma só vez. Ainda assim, é uma medida com uma restrição razoável”, afirma o professor Carlos Fortaleza. “Cada transmissão, individualmente, ocorre após um encontro de duas pessoas próximas, não protegidas, geralmente por longo tempo. Cada vez que você reduz os encontros você está protegendo as pessoas”, diz.

 

Até 8 de fevereiro, todas as regiões administrativas do estado estarão, ou na fase vermelha (22% da população paulista) ou na fase laranja (78% da população paulista), as mais restritivas do Plano São Paulo.

 

Além disso, todas as regiões ficarão na fase vermelha aos sábados, domingos e feriados e também na noite e na madrugada de segunda-feira a sexta-feira, das 20h às 6h. Na fase vermelha, só é permitido o funcionamento de serviços essenciais, como hospitais, supermercados, farmácias e postos de gasolina.

 

Com informações do Portal do Governo

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