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Falta de suporte afetivo é a principal causa de depressão em mulheres com Aids

Estudo do Instituto de Infectologia Emílio Ribas indica que 26% das mulheres com HIV sofrem de depressão; 60% relataram ter passado por períodos depressivos após receber diagnóstico positivo

Estudo realizado pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, com 120 mulheres vítimas de Aids, indica que 26% delas sofrem de depressão. O principal motivo apontado como causa do quadro depressivo, nesse grupo de mulheres, foi a falta de suporte afetivo de familiares e amigos que, em razão do preconceito ou falta de informação, acabam se afastando das vítimas.

De acordo com a psiquiatra Valéria Mello, autora do estudo, a falta de apoio familiar e de amigos gera uma impactante desmotivação até mesmo para continuar com o tratamento medicamentoso, o que aumenta muito as chances da pessoa desenvolver um quadro depressivo.

"Além de sofrerem com o choque de saber que estão com uma doença sem cura e ter que lidar com toda a sua complexidade, também sofrem com o preconceito dos próprios familiares e de pessoas próximas, justamente em um momento em que o apoio afetivo é imprescindível e fazem toda a diferença para um tratamento de sucesso", explica.

Outra curiosidade apontada pelo estudo foi que 60% das mulheres entrevistadas relataram já ter passado por depressão, em algum momento, após o conhecimento do diagnóstico de HIV. Durante o levantamento, foram ouvidas mulheres na faixa etária entre 35 e 40 anos de idade, diagnosticadas - em média, há cinco anos com HIV.

Ainda de acordo com o estudo, 46% das mulheres estavam casadas, 27% solteiras, 9% divorciadas e 16% viúvas. A maioria das mulheres afirmou ter sido contaminada pelo seu conjugue.

De acordo com o Centro de Referência DST/Aids, de São Paulo, foram registrados 212.551 casos de Aids no estado de São Paulo, no período de 1980 a 30 de junho de 2011, sendo 145.340 (68,4%) em homens e 67.193 (31,6%) em mulheres.

O Instituto Emílio Ribas oferece apoio psicológico e psiquiátrico para os pacientes portadores de HIV/Aids e conta com uma equipe multidisciplinar voltada para assistir as pessoas com o diagnóstico recente de HIV. Em 2012, foram realizadas 3,8 mil consultas psiquiátricas e 11,2 mil atendimentos psicológicos no ambulatório da instituição.

 

Publicado por Assessoria de Imprensa em

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