Hospital das Clínicas dá dicas para encarar o horário de verão
Todo mês de outubro, os brasileiros recebem uma notícia já
corriqueira: o início do horário de verão do País, que afeta os Estados
do Sul, Sudeste e Centro Oeste, além do Distrito Federal. Isso significa
dormir e acordar uma hora mais cedo em algumas regiões, fato que exige
certa adaptação do ser humano. Segundo o doutor Jacob Faintuch, clínico
geral do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado
da Saúde, o melhor sono ocorre duas a três horas depois de escurecer.
De
acordo com ele, o hormônio regulador do sono "melatonina", acionado
pela falta de luz, é alterado com a mudança de horário. "Para se adaptar
ao novo horário, o ideal é evitar situações estimulantes no final da
tarde ou na parte da noite", afirma, explicando que quanto mais estímulo
maior a dificuldade do organismo em relaxar.
Evitar o consumo de
café ou chá preto é uma das dicas dadas pelo médico do HC. "Exercícios
físicos muito extenuantes também devem ser evitados", observa, citando
ainda outras atitudes que podem prejudicar o descanso, tais como se
alimentar demais no jantar, ir dormir sem comer, tomar banho muito frio
ou muito quente, e ler livros ou ver filmes muito estimulantes nas horas
que antecedem o sono.
Jacob também adverte contra discutir com o
cônjuge ou olhar o extrato bancário muito perto da hora de dormir. "O
horário de verão não é única instância que desequilibra o organismo.
Novos turnos de trabalho ou viagens internacionais podem agir da mesma
forma", lembra. Para manter a saúde, esses cuidados com o sono devem ser
constantes o ano todo. "Dificuldade de dormir ou de acordar podem
predispor o paciente a problemas cardíacos. O infarto, por exemplo,
costuma ocorrer algumas horas depois de acordar e, principalmente, na
segunda-feira, dia que o estresse comumente aumenta", diz Jacob
Faintuch.
O horário de verão brasileiro terá início neste
domingo, dia 18 de outubro, à meia noite, quando os relógios deverão ser
adiantados em uma hora.