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25% dos suplementos para atletas camuflam presença de anabolizantes

Um em cada quatro suplementos vendidos para praticantes de atividade física possui em sua fórmula esteróides anabolizantes não declarados no rótulo. É o que aponta levantamento da Secretaria de Estado da Saúde realizado com base na análise de 111 amostras no Instituto Adolfo Lutz, órgão da pasta. 

Os produtos, comercializados na capital e no interior do Estado, foram apreendidos pela polícia e pelos serviços de vigilância sanitária locais durante o ano de 2007. O levantamento também apontou que 85,6% dos suplementos não apresentavam qualquer informação de procedência. Das demais amostras, 5,4% eram nacionais e 9%, importadas.

A legislação brasileira que regulamenta os alimentos para atletas exclui produtos que contenham substâncias farmacológicas estimulantes, hormônios e outras substâncias consideradas como dopping pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), embora não haja menção direta aos suplementos nutricionais.

Dos produtos analisados, 41% eram apresentações em cápsulas, provavelmente por apresentar maior facilidade na manipulação e incorporação de outras substâncias farmacologicamente ativas, além dos nutrientes. Outros 33% das amostras eram comprimidos e 16% tinham apresentação do produto em pó.

"A presença de substâncias proibidas em suplementos alimentares coloca os praticantes de atividades físicas em situação de grande risco. É importante ter em mente que não existem fórmulas mágicas para se entrar em forma e todo produto que prometa resultados milagrosos devem ser olhados com desconfiança", diz a pesquisadora de microbiologia de medicamentos do Adolfo Lutz, Adriana Bugno.

Os suplementos irregulares são interditados pelo Centro de Vigilância Sanitária (CVS) do Estado São Paulo. Se há identificação do fabricante, as empresas são notificadas. Já as irregularidades encontradas em produtos importados ou sem identificação são relatadas ao importador e à Anvisa. 

Os anabolizantes, quando tomados sem orientação médica, podem causar inúmeros efeitos negativos no organismo, como acne, impotência sexual, calvície, hipertensão arterial, esterilidade, insônia, dor de cabeça, aumento de colesterol ruim, problemas cardíacos, crescimento indevido de pêlos, engrossamento da voz e distúrbios testiculares e menstruais.

Publicado por Assessoria de Imprensa em

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