A Secretaria de Estado da Saúde, por intermédio do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo (CVS), determinou nesta sexta-feira, 9 de novembro, a interdição cautelar de todos os lotes do anticoncepcional injetável Contracep, fabricado pela EMS-Sigma Pharma. O objetivo é aprofundar as investigações sobre a eficácia do produto na prevenção da gravidez.

Novas amostras do produto serão encaminhadas para análise no Instituto Adolfo Lutz, órgão da Secretaria. Enquanto isso, ficam suspensos o uso, comercialização e distribuição do anticoncepcional na rede de farmácias e drogarias do Estado. O CVS já encaminhou comunicado alertando o laboratório e as vigilâncias sanitárias municipais. A previsão é de que as análises estejam concluídas em aproximadamente 30 dias.

Testes realizados nos lotes 080501-1, 080496-1 e 087359-1 identificaram que as ampolas apresentavam quantidade de hormônio (medroxiprogesterona) inferior ao previsto, o que pode comprometer a eficácia do produto. Esses três lotes tiveram sua comercialização e uso proibidos no Estado e deverão ser recolhidos pelo fabricante. Agora a Secretaria quer verificar se outros lotes têm ou não o mesmo problema.

A recomendação para as mulheres que compraram qualquer lote do Contracep é usar camisinha e procurar orientação médica para substituir o medicamento enquanto a investigação do CVS não for concluída. Esta orientação está sendo repassada aos serviços de saúde de todo o Estado.

Para as mulheres que usaram, há mais de quatro semanas, um dos três lotes já proibidos do anticoncepcional, a orientação é para que realizem um teste de gravidez e usem preservativos até obterem o resultado do exame. Caso o teste seja negativo, os médicos deverão orientar a manutenção do uso de outros métodos contraceptivos mais adequados às pacientes.

Para todas as mulheres que receberam a dose há menos de quatro semanas, a orientação é para que utilizem preservativo ou qualquer outro método anticoncepcional para o qual não haja contra-indicação.