Secretaria de Estado da Saúde

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SP terá fábricas de hemoderivados e de vacina contra rotavírus

O Estado de São Paulo irá ganhar, até 2009, duas novas fábricas na área da saúde, para produção de hemoderivados (derivados de sangue) e de uma vacina brasileira contra o rotavírus. Ambas serão instaladas no Instituto Butantan, órgão da Secretaria de Estado da Saúde. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 26 de abril, pelo governador José Serra e pelo secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.

Cerca de R$ 60 milhões serão investidos pelo governo do Estado no projeto - R$ 30 milhões em cada fábrica. As obras deverão ser iniciadas no segundo semestre, após o prazo de licitação, que deve durar aproximadamente 60 dias. Juntas, as duas unidades irão gerar aproximadamente 100 empregos diretos.

A fábrica de hemoderivados terá 1.000 m² de área construída e produzirá imunobiológicos a partir do fracionamento do plasma de sangue humano, como imunoglobulinas e albuminas, além de fatores de coagulação. Hoje esses procedimentos precisam ser realizados na Europa.

Inicialmente, a capacidade da fábrica paulista de hemoderivados será de processar 150 mil litros de plasma por ano. O Estado de São Paulo responde por cerca de 50% de todo o plasma sanguíneo coletado no Brasil, e a maior demanda por hemoderivados se concentra nas regiões sul e sudeste, o que justifica o investimento na unidade do Butantan. A Secretaria também vai oferecer aos países do Mercosul que façam o fracionamento em São Paulo.

Em 2003, a Secretaria já havia sugerido ao governo federal que implantasse a Hemobrás (fábrica brasileira de hemoderivados) em São Paulo, com estrutura do Butantan e investimento estadual, mas o Ministério da Saúde preferiu que a fábrica fosse construída em Pernambuco, o que ainda não ocorreu.

Já a fábrica de vacinas contra o rotavírus (que causa diarréias graves principalmente em crianças) terá 500 metros quadrados de área e capacidade para produzir 10 milhões de doses por ano, suprindo toda a demanda nacional. O excedente poderá ser comercializado para outros países. A vacina contra o rotavírus faz parte do calendário nacional de imunização desde o ano passado. O Ministério da Saúde importa o produto por cerca de US$ 60 milhões. A fábrica do Butantan permitirá uma economia de aproximadamente US$ 22 milhões aos cofres públicos. Atualmente o Butantan já produz a vacina, mas em escala piloto, atendendo a algumas maternidades.

"Essas duas fábricas são estratégicas para a saúde pública nacional. Além de gerar empregos, garantem ao país maior autonomia em medicamentos e vacinas. Por isso São Paulo decidiu apostar em novos projetos", afirma o secretário Barradas Barata.

Publicado por Assessoria de Imprensa em

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