sobre Febre Maculosa


Febre Maculosa
CID10: A77.9

Descrição

A febre maculosa brasileira (FMB) é uma doença infecciosa febril aguda de gravidade variável, cuja apresentação clínica pode variar de formas leves e atípicas até formas graves, com taxa de letalidade elevada. A doença é causada pela Rickettsia rickettsii e transmitida por carrapatos. Em sua forma clássica, tem início abrupto, com febre alta, cefaleia e mialgia intensas, podendo cursar ou não com exantema maculopapular (tardio) de distribuição característica (é uma das poucas doenças exantemáticas em que o exantema atinge plantas e palmas), e que pode evoluir para petéquias, equimoses e hemorragias.

Quadro Clínico

existe uma controvérsia entre os especialistas da área em relação à existência ou não de um espectro clínico da doença (variando de casos leves ou assintomáticos até casos graves, ou apenas casos graves).

Na situação clássica, o sinal clínico mais precoce é a febre, habitualmente associada à cefaleia, mialgia, artralgia, astenia, inapetência, dor abdominal, náuseas e vômitos. Esse quadro é bastante inespecífico, comum a diversas doenças infecciosas e, na ausência de história de contato com carrapato, será muito difícil o diagnóstico inicial de febre maculosa.

Tratamento

A introdução precoce do tratamento antibiótico (com doxiciclina, preferencialmente, ou cloranfenicol) tem impacto importante na redução da letalidade da doença.

A doxiciclina deve ser administrada na dose de 100 mg, via oral, a cada 12 horas para adultos e crianças acima de 45 kg.
A dose do cloranfenicol é de 1 g a cada 6 horas para adultos, e para crianças, a dose total diária varia de 50 a 75 mg/kg/dia, dividida em 4 tomadas.

O tratamento específico deve ser mantido por um período mínimo de 7 dias, ou até 2 a 3 dias após o término da febre.