Instituto Pasteur

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Histórico

A raiva é uma doença fatal, que pode ser prevenida pelo controle da doença nos animais e da profilaxia (tratamento preventivo) no ser humano. A doença provoca a morte de cerca de 55.000 pessoas/ano mundo, a grande maioria (99,9%) na Ásia e África. O principal transmissor da doença é o cão.
O Instituto Pasteur de São Paulo, referência no estudo da raiva, foi criado em 1903 como uma instituição privada, por um grupo de beneméritos, seguindo os ideais de Louis Pasteur, a ciência buscando soluções para questões práticas. Em 1916, foi doado ao Governo Estadual.
No início do século XX, a raiva canina ocorria sem controle e muitos eram os óbitos humanos por causa da doença. Moradores da capital paulista, do interior e também de outros estados, procuravam o Instituto Pasteur em busca do tratamento preventivo. Chegavam também pessoas já doentes, com a suspeita de raiva humana que eram encaminhadas ao Hospital de Isolamento Emilio Ribas, para fatalmente evoluírem para óbito. Nos canis do IP eram observados animais suspeitos.
Em 1908, o diretor do Instituto Pasteur, o italiano Antonio Carini, levantou a hipótese da raiva dos bovinos e eqüinos poder ser causada pelo morcego hematófago. No princípio, a comunidade científica internacional considerou a teoria como uma ¿fantasia tropical¿, mas depois a idéia de Carini foi demonstrada por pesquisadores alemães.
Tendo como base o binômio prestação de serviços X pesquisa científica, o Instituto busca a resolução de problemas ligados à saúde pública, em particular a raiva. Em relação à prestação de serviços, dentre as atividades principais podem ser destacadas: o diagnóstico virológico, a sorologia para avaliação de anticorpos anti-rábicos, atuando como Laboratório de Referência Nacional e consorciado da Organização Pan-americana de Saúde - OPAS / Organização Mundial de Saúde - OMS, para estudos de cepas do vírus da raiva. Executa a tipificação antigênica e genética de amostras positivas. Desenvolve pesquisas sobre a doença e fornece insumos, como o conjugado anti-rábico, células e vírus para laboratórios de todo país e países da América do Sul e América Central. O atendimento ambulatorial é feito por médicos especializados, que também vêm realizando estudos para a verificação de reações adversas ao soro e à vacina anti-rábica.
Na pesquisa científica a maioria dos projetos vem sendo executados na área aplicada, principalmente visando solucionar problemas atuais ligados à raiva, sua epidemiologia e seu controle na população animal e humana.
Desde janeiro de 1996, o Instituto Pasteur, também sedia a coordenação do Programa de Controle da Raiva do Estado de São Paulo. Esta coordenação tem trabalhado com várias instituições do Estado de São Paulo.
Com a implementação das ações do Programa de Controle Estadual da Raiva, a ocorrência entre cães e gatos teve um acentuado declínio a partir de 1997, não sendo mais registrados casos com a variante canina desde 1999.
Para se ter uma idéia da importância da raiva na Saúde Pública, alguns dados do Estado de São Paulo:

Provavelmente mais de 120.000 pessoas/ano sofrem algum agravo (agressão ou contato com mamífero).

Nos últimos 10 anos a notificação desses atendimentos é de 100.000/ano.

Em mais de 40.000 desses atendimentos é indicada a profilaxia de raiva pós-exposição.

Entre 15 a 20 mil pessoas/ano, por trabalho, lazer e outros motivos podem correr o risco de se infectarem com o vírus da raiva, e por isso recebem o esquema de profilaxia pré-exposição.

Anualmente o IP realiza dosagem de anticorpos anti-rábicos em cerca de 24.000 amostras de soro humano para todo o país (exceto Minas Gerais)

A cada ano são vacinados cerca de 5,5 milhões de cães e 1 milhão de gatos.

O laboratório do IP, processa mais de 1800 amostras/ano de soro animal (cães e gatos) e emite laudos de Sorologia para avaliação de anticorpos anti-rábicos, com finalidade de transporte de animais de companhia para países da Comunidade Européia.

Entre 15 a 20 mil amostras/ano de animais suspeitos são processados pelos vários laboratórios do Estado de São Paulo, sendo mais da metade pelo Instituto Pasteur.

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