Na terça, dia 12 de maio, o Instituto de Saúde sediou mais um ciclo de painéis do seminário "Avaliação de Tecnologias e Inovação em Saúde no SUS: Desafios e propostas para a gestão". O primeiro painel abordou a importância da constante formação do profissional da saúde, com ênfase no uso de evidências.

 

 Ivan Luiz Marques Ricarte, da Faculdade de Tecnologia da UNICAMP, apontou algumas das dificuldades dos profissionais em acessar conteúdos importantes. Segundo ele, a falta de tempo é um dos fatores mais agravantes, além do idioma, já que grande parte de artigos e evidências se encontram em inglês. "Temos informação disponível, mas ela não está sendo utilizada", conclui.  Tazio Vanni, do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, falou sobre o apoio e o fortalecimento do ensino e da pesquisa em gestão de tecnologias da saúde, a importância do uso de plataformas digitais e sobre a Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (REBRATS). Vanni ressaltou também a importância das oficinas e cursos para a atualização dos profissionais. Tiago da Veiga Pereira, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, apresentou o curso básico de avaliação de tecnologia de saúde (ATS) para gestores do SUS realizado pela instituição. Pereira relatou estrutura e conteúdo do curso, que é destinado para profissionais da saúde e também do judiciário. Segundo eles, os cursos de Educação a Distância são a solução para atender um país tão grande como o Brasil.

 

Marilia Louvison, da Faculdade de Saúde Pública da USP

 

 

Para o debate foram convidados Edina Koga (Colaboração Cochrane), Mabel Fernandes Figueiró (HCor) e Tereza Toma (Instituto de Saúde). Os debatedores  ressaltaram a importância de conhecer as evidências científicas para a tomada de decisão e o papel da mídia em influenciar e informar a população. O painel teve como moderadora a Profa. Marilia Louvison, da Faculdade de Saúde Pública da USP.  

 

Mesa de debates

 

 

O segundo painel do dia teve por tema "Políticas de saúde informadas por evidências científicas: fronteiras e desafios para a tradução do conhecimento para o SUS". Nele estavam presentes, como palestrantes, Ulysses de Barros Panisset (UFMG), Evelina Chapman (OPAS/OMS) e Carmen Verônica Mendes Abdala (Bireme/OPAS/OMS). Os debatedores  convidados foram Wagner Martins (Fiocruz/DF), Jorge Otávio Maia Barreto (Fiocruz/DF) e Everton Silva (UnB). O moderador do Debate foi Luís Eduardo Batista (Instituto de Saúde).

 

Luís Eduardo Batista, do Instituto de Saúde.

 

 

Ulysses Panisset ressaltou a importância do intercâmbio e do diálogo entre gestores e pesquisadores na tomada de decisão na área da saúde. Entre outros tópicos, defendeu a capacitação continuada de recursos humanos e a maior valorização do contexto social na formulação de evidências. Evelinda Chapman abordou o planejamento de pesquisas e a estruturação da tradução de conhecimento para profissionais de saúde com uma maior aproximação da sociedade. Evelinda também ressaltou a importância da atuação da EvipNet no Brasil, destacando que esse é o único país da américa latina com núcleos de evidências municipais. Por fim, Carmen Verônica Mendes Abdala dissertou sobre os processos de geração de conhecimento, mostrando fontes de pesquisa que seriam, segundo ela, de extrema importância para a formulação de evidências científicas. 

 

Mesa de debates

 

O seminário terá mais dois ciclos. Os painéis do dia 19 e dia 26 de maio ainda têm vagas disponíveis. Para mais informações e se inscrever, clique aqui. O seminário "Avaliação de Tecnologias e Inovação em Saúde no SUS: Desafios e propostas para a gestão" é realizado pelo Instituto de Saúde e tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na Chamada MCTI/CNPq/FINEP Nº 06/2014. 

 

Núcleo de Comunicação Técnico-Científica