Coordenadoria de Controle de Doenças

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28/07/2023 – Secretaria da Saúde registra tendência de queda nos óbitos relacionados a hepatites virais 

 

Pasta estadual destaca Julho Amarelo, mês de combate às hepatites virais 

 

| SES-SP

 

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo registrou, de janeiro até o dia 4 de julho deste ano, 1.602 casos e 123 óbitos causados por infecções pelos diferentes vírus causadores de hepatite. Estes números apresentam uma tendência de queda no número de mortes relacionadas registradas nos últimos cinco anos. No Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, instituído em 28 de julho, a pasta alerta para as formas de contágio, prevenção e evolução das doenças causadas por estes vírus. 

 

As hepatites virais são um problema grave de saúde no Brasil e no mundo. São infecções que atingem o fígado, causando desde alterações leves até problemas graves. Por isso, é muito importante evitar contrair essas infecções, mesmo quando não são crônicas. Segundo Thiago Brumatti, Assessor Técnico da Diretoria do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de SP, “a melhor forma de prevenção de qualquer doença é a vacina. Estão disponíveis no SUS vacinas eficazes e seguras para a prevenção da Hepatite A e da Hepatite B, e a imunização contra a Hepatite B também protege contra a Hepatite D”. 

 

Há cinco tipos de hepatites virais, diferenciadas pelas letras de “A” a “E”. Os vírus das hepatites A e E são transmitidos por via digestiva, por alimentos contaminados, por exemplo. A vacina para a Hepatite A, que começou o ano de 2023 com uma cobertura vacinal de 74,6%, passou para 83,4% depois do lançamento da campanha Vacina 100 Dúvidas do Governo do Estado.  

 

O vírus da Hepatite B é transmitido por via sexual, em contato com o sangue, ou de mãe para filho. O vírus da Hepatite D é transmitido também por via sexual, mas ocorre apenas em indivíduos já infectados com a Hepatite B. A imunização para esse último tipo de hepatite é feita com a vacina em apresentação isolada e na Pentavalente. Na apresentação isolada, ela é recomendada preferencialmente em até 12 horas do nascimento da criança, em dose única, podendo ser administrada até o trigésimo dia de vida. Adolescentes e adultos que não tem esquema vacinal comprovado podem ser imunizados com essa vacina, basta procurar a UBS mais próxima da residência.  

 

Em relação à vacina Pentavalente, além de proteger contra a hepatite B, também protege contra a difteria, tétano, coqueluche e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b, responsável por infecções no nariz, meninge e na garganta. A cobertura vacinal da Pentavalente também melhorou com os esforços e campanhas da atual administração e foi de 74% no começo do ano para 85,2%.

 

O vírus da Hepatite C é transmitido principalmente pelo contato com sangue contaminado, presente em alguns objetos como agulhas, alicates de unha, aparelhos de barbear, em escovas de dentes, em materiais não-esterilizados na colocação de piercings ou na confecção de tatuagens e procedimentos cirúrgicos. Esse tipo de hepatite é a infecção com o maior número de casos registrados, sendo que os casos crônicos são os responsáveis pelo maior número de óbitos. Não há uma vacina para este vírus, então a melhor forma de prevenção é evitar compartilhamento de objetos que possam estar contaminados. 

 

As infecções causadas pelo vírus da hepatite C, frequentemente crônicas, nem sempre apresentam sintomas. A doença pode evoluir por décadas sem ser diagnosticada. O avanço da infecção compromete o fígado de tal forma que pode provocar a necessidade de transplante do órgão.  

 

Ao contabilizar as infecções por todos os tipos de hepatites, temos, por ano, 1,4 milhão de mortes no mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirroses associadas à hepatite. Na maioria das vezes, as hepatites virais são infecções silenciosas, mas podem manifestar diversos sintomas, como febre, mal-estar geral, dores abdominais, e pele e olhos amarelados.  

 

Há uma percepção enganosa sobre a doença, de que até quem se infectou com Hepatite A, a forma mais branda da doença e que geralmente se cura sozinha, nunca mais pode voltar a doar sangue. No entanto, os únicos que não podem doar sangue são os portadores de hepatite B e C. Os demais podem, sim, ser doadores de sangue.   

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