Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP

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AUMENTA NÚMERO DE CASO DE AIDS ENTRE POPULAÇÃO VULNERÁVEL

O Serviço de Vigilância Epidemiológica da Coordenação Estadual DST/AIDS-SP verificou que nesta última década o número de casos entre homens que fazem sexo com homens aumentou.

O Serviço de Vigilância Epidemiológica da Coordenação Estadual DST/AIDS-SP, vinculado a Secretaria de Estado da Saúde, verificou que o fenômeno mais importante desta última década no que se refere a epidemia de AIDS é aumento, desde 2008, do número de casos entre homens que fazem sexo com homens. Esse segmento é o único que têm aumentado sua participação proporcional  e absoluta no total de casos, ao contrário dos demais tipos de exposição ao HIV que tem apresentado queda - mulheres, crianças, homens heterossexuais, usuários de drogas injetáveis e pessoas transfundidas. 
 
O estudo Sampacentro, realizado no centro da cidade de São Paulo entre novembro de 2011 e janeiro de 2012,  fruto da parceria entre a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e o Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo apontou recrudescimento da epidemia entre HSH. ¿O universo do estudo foi composto por 1.217 participantes, e 778 deles concordaram em realizar um exame de sangue para realização de sorologia anti-HIV, dos quais 16% tiveram resultado positivo para o vírus da AIDS¿, comenta Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual DST/AIDS-SP.  Observou-se: 7,4% de soropositividade na faixa de 18 a 24 anos; 14,7%, 25 a 34 anos; 27,7%, 35 a 49 anos e 18,3% nos entrevistados entre 50 e 77 anos. 
 
Esses dados corroboram estudos brasileiros recentes que apontam a grande vulnerabilidade de adolescentes e jovens gays (homens que fazem sexo com homens) para a infecção pelo HIV. ¿É importante ampliar as estratégias de prevenção para que os jovens homossexuais adotem práticas de sexo seguro. O exercício da cidadania e a luta contra o preconceito e a discriminação são duas questões básicas que devem ser vinculadas ao trabalho de educação em saúde sexual e prevenção das DST/HIV/Aids¿, avalia Maria Clara.
 
A pesquisa ¿Sampacentro¿ foi realizada com financiamento do Programa Pesquisa para o SUS, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
 

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